MECANISMOS DE NEUROPLASTICIDADE PARA FORMAÇÃO DE NOVAS CONEXÕES NEURAIS APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Maria Luiza Passanezi Araújo Gomez, Deborah De La Libra

Resumo


O acidente vascular cerebral (AVC) é um evento dado por isquemia ou hemorragia no tecido cerebral, que resulta em comprometimento da sua função e que pode levar a danos nas funções neurológicas. A regeneração das células nervosas afetadas não pode ser realizada através de mecanismos de divisão celular mas, por mais graves que sejam as lesões, mecanismos adaptativos denominados de neuroplasticidade acarretam em melhoras nos déficits funcionais. O objetivo deste trabalho foi buscar na literatura a forma como a neuroplasticidade ocorre e contribui para criar novas conexões neuronais em um indivíduo que sofreu AVC. Foi utilizada uma abordagem qualitativa descritiva, utilizando-se a revisão bibliográfica do tipo narrativa. Com esse estudo, verificou-se que recuperação das habilidades motoras após um AVC depende da neuroplasticidade, já que a maioria dos pacientes acometidos pela doença apresenta melhorias tanto funcionais como neuroplásticas. Essa recuperação pode ser obtida por estímulos repetitivos, que geram a produção e o fortalecimento de novas sinapses. Para se obter resultados positivos, o uso da Terapia de Contenção Induzida (TCI) e/ou de neurofeedback associado à fisioterapia se mostraram eficazes como facilitadores da reorganização e readaptação cerebral. Quanto maior for o estímulo por meio de terapias e exercícios, mais se obterá resultados melhores em relação aos ganhos motores. Desta forma, percebe-se que o mecanismo de neuroplasticidade está intrinsicamente relacionado com a (re-)aprendizagem, treino e estímulos ambientais.


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